Estação Piloto de Piscicultura de Olhão
O IPMA dispõe de uma Estação Piloto de Piscicultura em Olhão (EPPO), infra-estrutura única no país, concebida para realizar investigação, desenvolvimento e demonstração experimental à escala piloto. Pretende-se ainda com estas instalações fomentar a transferência de tecnologia ao sector produtivo, sendo um pilar importante na formação científica e técnica, tanto ao nível profissional como universitário.
Esta unidade ocupa uma área de cerca de 7ha do Parque Natural da Ria Formosa em Marim, sendo composta de uma zona de maternidade (dispondo de reprodutores de 9 espécies de peixes marinhos adaptadas a cativeiro), uma zona de pré-engorda e a área de engorda em tanques de terra, em sistema de monocultura, policultura ou multitrófico.
Na EPPO realizam-se ensaios de reprodução, desenvolvimento larvar e engorda de diversas espécies com especial ênfase para a dourada, robalo bem como para novas espécies tais como o sargo, o mero, o linguado e a corvina. São ainda realizados estudos ao nível da fisiologia, da nutrição, da patologia e ensaios de engorda de peixes em policultivo de várias espécies e em sistemas multitróficos (ex: peixes e ostras).
Associada a esta unidade existe uma jaula instalada em offshore para ensaios de cultivo de peixes em mar aberto.
Esta unidade desempenha um importante papel quer na formação profissional quer académica, acolhendo regularmente estudantes de estabelecimentos de ensino nacionais e internacionais bem como elementos do sector produtivo.
Ao mesmo tempo tem procurado uma boa articulação com os diferentes actores envolvidos no desenvolvimento da aquacultura, nomeadamente as entidades públicas e o sector produtivo com o objetivo de oferecer uma efetiva colaboração.
A investigação científica e os diversos ensaios são co-financiados por projectos de investigação nacionais e europeus. Os ensaios nas diversas fases do ciclo produtivo e principalmente nos tanques de terra são realizados à escala piloto, de modo a serem representativos e transponíveis para o tecido produtivo, resultando uma produção de pescado que pode ser colocada à disposição de instituições de beneficência, pois trata-se de um produto produzido de acordo com as melhores práticas de sustentabilidade e que respeitam as regras da qualidade e segurança alimentar.
A investigação e as actividades desenvolvidas na EPPO são suportadas através de projetcos no âmbito de programas de financiamento nacionais e internacionais.
A actividade cientifica na EPPO prima ainda pelas colaborações nacionais e internacionais com outros institutos de investigação e universidades, fomentando desta forma a troca de conhecimento, bem como a mobilidade dos investigadores.
De salientar ainda as colaborações com empresas através de protocolos ou projectos científicos, liderados por empresas nacionais e internacionais.
Documentos
AQUA&AMBI
- Compatibilidade da aquacultura e outras atividades económicas em áreas naturais protegidas
- Guia básico sobre a Aquacultura Biológica em Portugal e Espanha
- Guia básico de Aquacultura em Sistema Multi-trófico Integrado em Esteiros
- Guia básico de Aquacultura em Sistema Multi-trófico Integrado em Tanques de Terra
- Guia básico Boas Práticas na Produção de Ostras
- Guia para produção de ostras a partir da fixação natural e recuperação populações naturais nas zonas intertidais
Banda Desenhada - O caminho para a Aquicultura
AQUATRANSFER
- Cultivo Multitrófico Integrado
- Identificação de Bactérias
- Bem Estar Animal
- Transporte de animais marinhos vivos
- Biotecnologia
- Salinas
- Boas Práticas Produção de Ostra
- Ferramentas moleculares na investigação em aquacultura
- Identificação de sexos e estados de maturação de gónadas de peixe
- Malformações esqueléticas em piscicultura marinha
- Importância do período larvar na qualidade do produto final