2024-12-10 (IPMA)
Nos dias 4 e 5 de dezembro, realizou-se no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) um workshop sobre questões relacionadas com a certificação da sardinha na pescaria do cerco em águas atlânticas da Península Ibérica, solicitada pela Marine Stewardship Council (MSC), no contexto da avaliação da sustentabilidade desta atividade. O evento em causa foi desenvolvido no contexto de um Risk-Based Framework (RBF), para avaliar as interações desta pescaria com outras espécies capturadas conjuntamente com a sardinha.
O processo de certificação de sustentabilidade MSC é liderado pela Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOPCERCO), em Portugal, e pela Asociación de Organizaciones de Productores de Pesca del Cantábrico (OPPs CANTÁBRICO), em Espanha, estando a avaliação do dossier a cargo do certificador independente Bureau Veritas.
No primeiro dia, o grupo de auditores tirou dúvidas específicas, que foram apresentadas individualmente aos envolvidos, reservando-se o dia seguinte para chegar a consensos, através de um processo interativo, quanto à avaliação de riscos da pescaria no ecossistema, a fim de determinar o seu impacto total.
“O IPMA tem um papel de suporte à decisão relativa à certificação, obtendo e trabalhando os dados necessários para que a avaliação possa ser bem-sucedida, não tendo um papel interventivo direto”, explicou o chefe de Divisão de Modelação e Gestão de Recursos da Pesca, João Pereira. Segundo o responsável, a certificação MSC é “muito importante para o sector Ibérico, já que a apetência por produto com certificação ecológica é cada vez maior por parte dos mercados internacionais, condicionando de forma marcada o valor do produto, neste caso da sardinha”.
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