2021-11-08 (IPMA)
Investigadores estudam larvas selvagens de polvo na costa galega e portuguesa
Dezoito cientistas, entre os quais a investigadora Ana Moreno do IPMA, estiveram a bordo do navio oceanográfico “Sarmiento de Gamboa” a estudar as paralarvas do polvo para resolver as dificuldades que continuam a dificultar o desenvolvimento de um "cultivo industrial sustentável" da espécie. A campanha ECOSUMA, liderada pelo Instituto de Investigaciones Marinas-CSIC, revelará pela primeira vez o que acontece nos estados iniciais do desenvolvimento do polvo-comum, Octopus vulgaris, quando migra das zonas de desova costeiras para águas mais distantes.
A expedição, na qual participaram também o IEO-CSIC, a Universidade de Vigo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o grupo Profand, foi liderada por Ángel González, coordenador do grupo Ecobiomar que conduz há duas décadas estudos pioneiros sobre larvas de polvo em ambiente natural. Na campanha ECOSUMA, que decorreu entre 25 de outubro e 4 de novembro em águas da Galiza e de Portugal, os cientistas capturaram com uma rede de plâncton multi-manga as paralarvas mais velhas do polvo que vão para o alto mar para "completar o seu ciclo de vida planctónico". Os dados biológicos e hidrográficos recolhidos nesta campanha vão contribuir, quer para o conhecimento da influência oceanográfica nas migrações da fase planctónica, uma parte ainda desconhecida do ciclo de vida, quer para caracterizar a alimentação das paralarvas em meio selvagem com vista ao melhoramento do cultivo do polvo.
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