2019-05-07 (IPMA)
Determinação do potencial em recursos minerais na plataforma continental do Alentejo e as condicionantes naturais impostas pelo soerguimento da margem continental no Plio-Quaternário.
O projeto MINEPLAT, financiado pelo PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO ALENTEJO (Alentejo 2020, Portugal 2020, Fundos Europeus Estruturais de Investimento) terminou em abril de 2019 a fase de recolha de dados marinhos na costa oeste portuguesa entre o sul da serra da Arrábida e Odeceixe.
O objetivo principal deste projeto é o de proceder a uma primeira avaliação do potencial em recursos minerais na plataforma continental do Alentejo. Os levantamentos efetuados permitem hoje ter um mosaico de batimetria multifeixe e retro dispersão acústica do fundo marinho praticamente contínuos dum segmento de profundidade variável (30 a 200 metros) da plataforma continental entre a serra da Arrábida e Odeceixe.
Estes dados permitem uma visualização do fundo marinho em alta resolução (0,5 a 2 metros consoante a profundidade), contínua, permitindo uma imagem de qualidade sem precedente na Plataforma Continental da Margem Alentejana. A amostragem geológica realizada acrescenta a necessária caracterização dos sedimentos do fundo do mar. O conhecimento da estrutura do substrato é assegurado por perfis de sísmica de reflexão de ultra alta resolução, adquiridos perpendicularmente à costa a cada milha náutica com controlo através de vários perfis perpendiculares ao longo da plataforma continental. Estes perfis permitem uma resolução vertical de cerca de 10-20 cm até profundidades da ordem da centena de metros.
Os perfis magnéticos realizados possibilitam obter uma estimativa da localização e dimensão de corpos geológicos de susceptibilidade magnética elevada que permitem estender o conhecimento destas estruturas e composição da crosta a profundidades quilométricas.
Este trabalho exploratório tem o objetivo principal de reconhecer e cartografar depósitos sedimentares de minerais de interesse económico, sejam metálicos ou não-metálicos, como por exemplo, de areias de elevada qualidade para a alimentação artificial de praias.
Os levantamentos foram coordenados por equipas da Divisão de Geologia e Georecursos Marinhos do IPMA com a colaboração de equipas do Departamento de Geociências da Universidade de Évora.
Imagens associadas