2018-04-15 (IPMA)
Nos últimos anos, em particular desde finais de 2009, a Região Autónoma da Madeira tem sido fustigada por episódios de precipitação muito forte, sendo o ocorrido em 20 de fevereiro de 2010 o mais marcante. Muitos destes episódios causaram danos significativos em diversas infraestruturas públicas e privadas e, consequentemente, avultados prejuízos pessoais, financeiros e económicos.
Atendendo à imperiosa necessidade de se melhorar a vigilância do estado do tempo e a previsão a muito curto prazo (Nowcasting), com vista a aumentar a capacidade e fiabilidade da resposta do IPMA às necessidades do Serviço Regional de Proteção Civil e da população em geral, reconheceu-se que tal só seria tecnicamente possível dotando a região com equipamentos de observação remota, nomeadamente com um RADAR meteorológico, que permitiria a vigilância meteorológica em toda a Região Autónoma da Madeira, assim como a melhoria e otimização dos atuais modelos meteorológicos, com igual desempenho para todos os concelhos e cobertura numa área circular, com limite próximo das ilhas Selvagens, centrada em Porto Santo.
Fundamentada a necessidade do Radar para a RAM, e após as diligências necessárias para o seu financiamento, foi possível enquadrar o projeto no Programa Temático Sustentabilidade e eficiência no uso de Recursos (PO SEUR), no âmbito do eixo 2, que visa promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção e gestão de riscos. A candidatura foi assim submetida ao PO SEUR a 28-10-2015, mediante a abertura do Aviso – Convite para apresentação de candidaturas POSEUR-08-2015-20, a qual obteve parecer favorável à sua aprovação em março de 2016, com os seguintes montantes:
Execução da operação:
A edificação da torre e a instalação dos equipamentos decorreram maioritariamente durante o ano de 2017, tendo o radar entrado em funcionamento, em regime experimental, em 16 de novembro de 2017.
Com as observações que passaram a ser disponibilizadas em tempo real, tem sido possível, desde então, acompanhar as situações meteorológicas que têm dado origem a precipitação, em particular as que estiveram associadas às tempestades de finais de fevereiro e meados de março de 2018.
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