2017-01-06 (IPMA)
O mês de dezembro de 2016, em Portugal Continental, classificou-se como muito seco em relação à quantidade de precipitação e normal em relação à temperatura do ar.
Na primeira metade do mês de dezembro o território esteve sob influência de situações depressionárias complexas com passagem de superfícies frontais, tendo-se verificado entre os dias 1 e 5 ocorrência de precipitação por vezes forte e acompanhada de trovoada, nas regiões do Centro e Sul. Já no período de 13 a 16, devido à aproximação e passagem de um sistema frontal de atividade moderada a forte, ocorreram períodos de precipitação por vezes forte sob a forma de chuva ou aguaceiros, pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada. Nestes dias ocorreu também queda de neve, acima dos 800 a 1200 m, no interior norte e centro. Uma vez que na segunda metade do mês praticamente não ocorreu precipitação, o total de precipitação observada foi cerca de 46% do normal, o que permite classificar este mês como muito seco.
Deste modo, no final de dezembro houve um aumento da área em situação de seca fraca, com cerca de 78% do território na classe de seca.
O valor médio da temperatura média do ar em dezembro foi de 10.41 °C, 0.44 °C acima do valor normal. O valor médio da temperatura máxima, 15.26 °C, foi superior ao valor normal, com uma anomalia de +1.38 °C, sendo este mês o 2º mês de dezembro com o valor mais alto desde 1931. O valor médio da temperatura mínima do ar, 5.55 °C foi inferior ao valor normal, com uma anomalia de -0.50 °C.
A partir do dia 17, os valores médios da temperatura mínima do ar persistiram abaixo do normal até ao final do mês. De destacar o dia 20 que registou valores de temperatura mínima muito baixos em grande parte das regiões do Norte e Centro, na região do Nordeste e também no interior do Alentejo, sendo que em alguns locais do interior do Alentejo os valores de temperatura foram inferiores a 0 °C, tendo sido registado o menor valor de temperatura mínima, - 7°C, no dia 30 em Miranda do Douro.