2016-10-21 (IPMA)
O mês de Setembro foi muito quente e seco por influência de um anticiclone que se manteve localizado na região dos Açores e que por vezes se estendia em crista até ao Golfo da Biscaia. A formação de depressões de origem térmica no interior da Península Ibérica e a passagem de sistemas frontais em geral de fraca atividade condicionaram também o estado do tempo em Portugal Continental.
O valor médio da temperatura média do ar foi de 21,51 °C, com uma anomalia de +1,29 °C, relativamente ao período de 1971-2000, sendo que em apenas 14% dos anos se alcançaram valores da temperatura média superiores aos de 2016.
O valor médio da temperatura máxima, 28,96 °C, foi muito superior ao valor normal, com uma anomalia de +2,66 °C e corresponde ao 3º valor mais alto desde 1931. O valor médio da temperatura mínima do ar, 14,07 °C foi próximo do valor normal.
Devemos ainda salientar os dias 5 e 6 com valores de temperatura média do ar muito elevados, tendo sido excedidos os recordes da temperatura máxima em grande parte do território do continente (73% das estações). O dia 6 de setembro, com temperatura média de 29,2 °C, foi o mais quente do ano em Portugal Continental. Neste dia, os valores médios da temperatura máxima, 38,6 °C e da temperatura mínima, 19,8 °C, corresponderam também aos valores mais alto do ano.
Realça-se ainda a ocorrência de uma onda de calor, com início a 1 de setembro, em grande parte das regiões do Norte e Centro e interior do Alentejo.
Em relação à precipitação o mês de setembro foi seco na generalidade do território. O total mensal de precipitação foi apenas cerca 58% do normal. Verificou-se, no entanto, a ocorrência de aguaceiros fortes, em especial na região do Noroeste, nos dias 13 e 24 de setembro, tendo os valores de precipitação diária nalguns locais sido superiores a 20 mm.