O projeto Observatório do Atlântico – Infraestrutura de Dados e Monitorização pretende criar uma infraestrutura de aquisição, agregação e disponibilização de dados oceanográficos visando potenciar a investigação e monitorização do oceano Atlântico e, paralelamente, apoiar a gestão sustentável dos recursos marinhos.
Promovido e coordenado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. (IPMA), o projeto conta com parceiros nacionais dos Açores (FRCT - Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia) e Madeira (ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação), bem como parceiros da Noruega (Institute of Marine Research; Norwegian University of Science and Technology e The University of Bergen) e Islândia (Marine and Freshwater Research Institute).
Com um orçamento total de 2M€ (100% financiado pelo EEA-Grants), o projeto permitirá o reforço dos meios existentes de monitorização oceânica na comunidade portuguesa de investigação marinha, através da aquisição de equipamentos de última geração: um glider, dois flutuadores ARGO e um sistema de radares costeiros de alta frequência.
O projeto tirará partido de plataformas e infraestruturas de investigação já existentes, como o navio de investigação “Mário Ruivo”, e o acesso a laboratórios de investigação portugueses, alguns dos quais criados ou impulsionados por iniciativas Europeias, como o EMSO-PT e EMSO-Açores. A infraestrutura de dados procurará, igualmente, beneficiar de outros sistemas de informação marinha já existentes, como o SNIMAR, SeaBioData ou SIMOcean.
O Observatório do Atlântico – Infraestrutura de Dados e Monitorização promoverá não só a disponibilização de dados de elevada qualidade à comunidade técnica e científica, mas também a criação de produtos e a prestação de serviços às comunidades educacionais, empresariais e industriais, visando apoiar e promover atividades marítimas sustentáveis.
O projeto é financiado pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através dos EEA Grants, mecanismo através do qual estes países estabelecem o objetivo de reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa, reforçando as relações bilaterais com os Estados beneficiários. Através do Programa Crescimento Azul, os EEA Grants procuram promover o aumento da criação de valor e o crescimento sustentável na economia azul portuguesa. Para além disso, a intenção é aumentar a investigação e promover a educação e a formação nas áreas marinha e marítimas
Entrevista ao Jornal da Economia do Mar
Pode consultar a webpage aqui: somosatlantico.ipma.pt
Através do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE), a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia. Como forma de promover um contínuo e equilibrado reforço das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo do EEE estabeleceram um Mecanismo Financeiro plurianual, conhecido como EEA Grants. Os EEA Grants têm como objetivos reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa e reforçar as relações bilaterais entre estes três países e os países beneficiários. Para o período 2014-2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros para 15 países beneficiários. Portugal beneficiará de uma verba de 102,7 milhões de euros.
Saiba mais em eeagrants.gov.pt
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