Glossários - Glossário Climatológico/Meteorológico
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Magnetosfera – Região onde se faz sentir o campo magnético da terra
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Magnetopausa – Limite externo da magnetosfera.
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Massa de Ar – A massa de ar é caracterizada pela sua temperatura e humidade, e adquire a sua designação a partir da região onde se forma. Assim, a massa de ar pode ser Equatorial, Tropical, Polar ou Árctica, sendo a temperatura o parâmetro meteorológico mais influenciado pela região de origem. Por outro lado, uma massa de ar com conteúdo elevado (reduzido) em humidade é designada de marítima (continental).
Deste modo, é possível definir, por exemplo, uma massa de ar polar continental e uma massa de ar tropical marítimo. |
Médias Periódicas – Médias de valores climatológicos correspondentes a um período de dez anos pelo menos, começando em 1 de Janeiro de um ano termina pelo algarismo 1. Nota: podem também ser úteis, por exemplo nos países tropicais, para estações meteorológicas oceânicas e de altitude, médias correspondentes a períodos mais curtos, por exemplo, de 5 anos.
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Mesoscala – Escala de movimento que compreende fenómenos cuja dimensão horizontal varia aproximadamente entre 2 km e 2000 km e cujas escalas de tempo variam entre 3 minutos e 2 dias. Grandes tornados e pequenos furacões são exemplos de fenómenos de mesoscala. Em função da escalas espacial e temporal é habitual consideraram-se 3 sub-escalas: alfa, beta e gama.
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Mesosfera – Região acima da estratosfera, que se estende desde a estratopausa até altitudes de cerca de 80 km e em que a temperatura diminui com a altitude.
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Mesopausa – Limite superior da mesosfera, onde a temperatura pode atingir valores de –95ºC e onde se podem formar nuvens noctilucentes.
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Meteoros – Meteoro é um fenómeno, sem ser uma nuvem, observado na atmosfera ou na superfície do globo, que pode ser precipitação, suspensão ou depósito de partículas líquidas ou sólidas de água ou não, ou fenómeno de natureza óptica ou eléctrica. Os meteoros classificam-se em quatro grupos: hidrometeoros, litometeoros, fotometeoros e electrometeoros. Ver mais»
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Meteorologia – O termo meteorologia, etimologicamente, tem origem no grego (Meteoro) e significa o estudo e o conhecimento da atmosfera nos seus diferentes aspectos, designadamente quanto aos fenómenos físicos e químicos que nela ocorrem.
Assim, em meteorologia são analisados os fenómenos físicos que ocorrem na atmosfera e à superfície do globo (fronteira), assim como transformações químicas que nela ocorrem entre os seus diferentes componentes, naturais e antropogénicos. Na atmosfera ocorrem fenómenos físicos muito variados e em escalas espaço-temporais muito diferentes, destacando-se os que se enquadram na mecânica, na termodinâmica e no electromagnetismo; com efeito são as formas de energia que caracterizam cada um daqueles capítulos da física que predominam na atmosfera, particularmente as energias mecânica e calorífica. |
Meteorologia Marítima – Constitui um campo de interacção entre a Oceanografia Física e a Meteorologia e tem por objectivo o estudo da física da baixa atmosfera oceânica e a previsão do estado do mar.
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Microburst – fenómeno de reduzida escala espacial que consiste num intenso movimento vertical descendente organizado proveniente de níveis elevados da célula convectiva e que, ao dirigir-se para o solo, vai acelerando, divergindo ao atingi-lo e podendo causar estragos equivalentes a um tornado fraco; o vento horizontal associado a este fenómeno, à superfície, pode exceder 180Km/h. A duração aproximada é entre 5 e 15 minutos. É causado pelo arrefecimento que a evaporação - promovida pela mistura turbulenta entre ar saturado da nuvem e ar extremamente seco das suas vizinhanças – induz na massa de ar envolvente da célula convectiva, intensificando o movimento descendente.
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Microscala – Escala de movimento que compreende fenómenos cuja dimensão horizontal é tipicamente inferior a 2 km e cujas escalas de tempo variam entre segundos e minutos. Nuvens individuais são exemplos de fenómenos de mesoscala.
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Modelo Numérico de Previsão do Tempo – A Previsão Numérica do Tempo (PNT) recorre ao potencial de cálculo dos computadores para produzir uma estimativa do estado futuro da atmosfera utilizando os designados “modelos de previsão”. Estes modelos baseiam-se num conjunto de equações que traduzem as leis físicas que descrevem o comportamento hidro-dinâmico da atmosfera.Ver mais»
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Monção – Fenómeno de larga escala que tem origem na diferente variação de temperatura sobre os continentes e oceanos adjacentes. A Monção mais conhecida é a do subcontinente Indiano - no Verão a temperatura na Ásia sobe de forma a ser consideravelmente superior à temperatura no Oceano Índico, originado um fluxo de ar húmido de larga escala do Índico para o Continente. Nas regiões montanhosas, verificam-se precipitações muito abundantes. Por outro lado, no Inverno, a circulação inverte-se, dando origem a um transporte de ar frio e seco do interior do Continente para o oceano.
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Neblina – Suspensão no ar de gotículas microscópicas de água, que reduzem a visibilidade horizontal, a valores não inferiores a 1 km.
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Nevoeiro – Suspensão de pequenas gotículas de água na atmosfera, que reduzem a visibilidade horizontal, a valores inferiores a 1 km.
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Nimbostrato – Camada nebulosa cinzenta, muitas vezes sombria, cujo aspecto se torna difuso pela queda mais ou menos contínua de chuva ou neve que na maioria dos casos atinge o solo. A espessura da camada é em todos os pontos suficiente para cobrir o Sol. Por baixo da camada existem frequentemente nuvens baixas esfarrapadas, ligadas ou não a ela.
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Normais climatológicas – Médias de 30 anos de elementos meteorológicos utilizados para definir o clima de um local ou região. São assim designadas por se considerar que, com um valor mínimo de 30 anos, as variáveis meteorológicas seguem aproximadamente a distribuição normal ou gaussiana.
As normais climatológicas que se iniciam, por exemplo, a 1 de Janeiro de 1941 terminam a 31 de Dezembro de 1970; as normais seguintes iniciam-se a 1 de Janeiro de 1951 e terminam a 31 de Dezembro de 1980, e assim sucessivamente. As normais incluem as médias anuais e mensais de 30 anos da pressão atmosférica, da temperatura média, mínima e máxima do ar, da precipitação, da humidade relativa do ar, da nebulosidade, da insolação, da evaporação, da frequência e intensidade do vento por rumo. Incluem ainda os extremos dos valores diários da temperatura do ar e os máximos diários da precipitação para cada mês, nesses 30 anos. Incluem, também, o número de dias em que a temperatura do ar, a intensidade do vento, a nebulosidade e a precipitação ultrapassaram determinados limites, e o número de dias em que ocorreu neve, granizo ou saraiva, trovoada, nevoeiro, orvalho e geada. |
Nota: Se os resultados das observações não forem contínuos, podem calcular-se normais ajustadas.
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Nortada – Vento de norte ou de noroeste que sopra na costa ocidental de Portugal Continental, atinge um máximo de intensidade durante a tarde e é característico nos meses mais quentes do ano, entre Maio e Setembro. Este vento resulta essencialmente da localização e configuração do Anticiclone dos Açores (a Noroeste da Península Ibérica) e da depressão de origem térmica da Península Ibérica, estando associado ao efeito de brisa de mar, resultante do diferencial da temperatura à superfície, entre o Mar e a Terra e ainda ao efeito de Coriolis.
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Nuvens Nacaradas – Nuvens que existem na estratosfera com irisação muito acentuada e que se assemelham a cirros ou altocúmulos em forma de amêndoa. Estima-se que estas nuvens estejam situadas entre os 21 e 30 km e que sejam constituídas por gotículas minúsculas de água ou partículas esféricas de gelo.
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Nuvens Noctilucentes – Nuvens que se observam na mesopausa quando o sol se encontra entre 5 e 13º abaixo do horizonte. Assemelham-se a cirros ténues, sendo em regra azuladas ou prateadas, mas podendo ser alaranjadas ou avermelhadas. Estima-se que estas nuvens estejam situadas entre os 75 e 90 km e que sejam constituídas por cristais de gelo, podendo ter-se formado a partir de poeiras cósmicas.
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